Quantos de nós podem dizer, sem mentir, que não gostam de olhar o céu à noite? Muito poucos, calculo. É que também há muito poucas coisas mais bonitas que a lua, seja em que fase for, ou que as estrelas.
Por vezes, pode acontecer que ao olhar o céu se veja mais do que astros brilhantes. Não me refiro a ovnis, refiro-me a um rosto. Não é um rosto qualquer mas também não é um rosto específico. Depende de quem o vê! É simplesmente o rosto de alguém que conhecemos em tempos, de alguém que amámos. Talvez tenhamos conhecido essa pessoa numa noite estrelada, talvez passassemos horas a rir ao relento, debaixo do céu, ou talvez tivesse o brilho das estrelas nos olhos e o seu sorriso fosse acariciante como o luar. Seja porque for. A verdade é que as estrelas mudam. Ganham um novo significado. E depois, numa noite qualquer, estamos sozinhos e decidimos ir até à varanda ver se está frio, ou até à janela fumar um cigarro, ou saímos para tomar café, ou dá-nos apenas vontade de olhar as estrelas. E aquela verdade atinge-nos como um raio. Mesmo que esteja bom tempo. Especialmente se estiver bom tempo! Apercebemo-nos, num misto de medo e deslumbramento, que já não olhamos apenas as estrelas, nem apenas a lua. Aquele rosto está lá. No firmamento e para além dele. No nosso coração, onde também é noite e a lua está cheia. É então que começamos a olhar para cima de maneira diferente. À sucapa, com um sorriso disfarçado, como se nos rissemos de uma piada que mais ninguém percebeu, porque sentimos vontade de beijar as estrelas e essa ideia nos parece bela e ridícula em simultâneo.
Mas o tempo passa. Coisas acontecem. Como sempre. Surgem as incertezas e as lágrimas. Nada é como antes. Decidimos esquecer. Porque já chega e é pelo melhor. Seja lá isso o que for. Tentamos esquecer. Mas as estrelas estão lá sempre para nos recordar. A lua ri-se de nós. O céu permanece no mesmo lugar. Em todo o lado. É impossível fugir-lhe.
Até que um dia, sem aviso prévio e completamente de surpresa, damos connosco a olhar para cima mais uma vez. É noite. As estrelas estão lá. A lua está lá. Até as nuvens vêm acrescentar farrapos de beleza ao cenário. É lindo de ver. E não acontece nada. O coração não salta, não ri, não dói. Nada. A ferida sarou. O rosto desapareceu. Já não está nas estrelas, ficou apenas na memória. Num lugar especial, é certo. Mas do passado. E sentimos um alívio imenso, misturado com aquela nostalgia que não é mais que os restos mortais de um grande amor. Naquele momento entendemos. Estamos preparados para seguir em frente. Acabou o luto.
Por vezes, pode acontecer que ao olhar o céu se veja mais do que astros brilhantes. Não me refiro a ovnis, refiro-me a um rosto. Não é um rosto qualquer mas também não é um rosto específico. Depende de quem o vê! É simplesmente o rosto de alguém que conhecemos em tempos, de alguém que amámos. Talvez tenhamos conhecido essa pessoa numa noite estrelada, talvez passassemos horas a rir ao relento, debaixo do céu, ou talvez tivesse o brilho das estrelas nos olhos e o seu sorriso fosse acariciante como o luar. Seja porque for. A verdade é que as estrelas mudam. Ganham um novo significado. E depois, numa noite qualquer, estamos sozinhos e decidimos ir até à varanda ver se está frio, ou até à janela fumar um cigarro, ou saímos para tomar café, ou dá-nos apenas vontade de olhar as estrelas. E aquela verdade atinge-nos como um raio. Mesmo que esteja bom tempo. Especialmente se estiver bom tempo! Apercebemo-nos, num misto de medo e deslumbramento, que já não olhamos apenas as estrelas, nem apenas a lua. Aquele rosto está lá. No firmamento e para além dele. No nosso coração, onde também é noite e a lua está cheia. É então que começamos a olhar para cima de maneira diferente. À sucapa, com um sorriso disfarçado, como se nos rissemos de uma piada que mais ninguém percebeu, porque sentimos vontade de beijar as estrelas e essa ideia nos parece bela e ridícula em simultâneo.
Mas o tempo passa. Coisas acontecem. Como sempre. Surgem as incertezas e as lágrimas. Nada é como antes. Decidimos esquecer. Porque já chega e é pelo melhor. Seja lá isso o que for. Tentamos esquecer. Mas as estrelas estão lá sempre para nos recordar. A lua ri-se de nós. O céu permanece no mesmo lugar. Em todo o lado. É impossível fugir-lhe.
Até que um dia, sem aviso prévio e completamente de surpresa, damos connosco a olhar para cima mais uma vez. É noite. As estrelas estão lá. A lua está lá. Até as nuvens vêm acrescentar farrapos de beleza ao cenário. É lindo de ver. E não acontece nada. O coração não salta, não ri, não dói. Nada. A ferida sarou. O rosto desapareceu. Já não está nas estrelas, ficou apenas na memória. Num lugar especial, é certo. Mas do passado. E sentimos um alívio imenso, misturado com aquela nostalgia que não é mais que os restos mortais de um grande amor. Naquele momento entendemos. Estamos preparados para seguir em frente. Acabou o luto.
4 comentários:
É realmente um alívio quando olhamos para o céu e já só vemos as estrelas e a lua. Nada de rostos do passado que nos atormentavam o coração.
Gostei do "teu blog". Acho que vou voltar. :)
lindo... lindo... lindo... É tão bom, tão refrescante descobrir que, no meio de futuros jornalistas de pensamento asséptico, existe alguém com uma escrita leve, criativa e tocante como a tua. Não deixes de escrever, sobretudo com esta simplicidade crua e doce! Fiquei fã!
epah...nunca ca tinha visto..e...comecei a ler do fim para o principio...e este teu texto foi dos que mais gostei portanto é neste que deixo os meus sinceros parabens =) ***
*nunca ca tinha VINDO =X
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