é sempre difícil de escolher. O meu mal é preguiça. Falta de vontade. Por maior que seja a inspiração, nunca é suficiente. E são tantas as ideias, tantas as palavras que tenho por escrever, que me perco nelas e não dou forma a nada, a não ser em pensamento. Passo a vida a escrever em pensamento. Por isso achei que estava na altura de tentar pensar por escrito. Não que os meus pensamentos sejam assim tão elevados que mereçam ser lidos, mas pelo menos desta forma têm um propósito, uma finalidade. Um depósito, vá. É isso mesmo: um depósito de ideias. Pode ser que um dia mais tarde venha vasculhar nelas e valha a pena limpar-lhes o pó.
UM PEQUENO GRANDE PASSO
Parece tão fácil. É apenas pegar numa caneta e num papel. O resto já cá está. Ou então surge como que por magia. Geração espontânea. Maravilhas da ciência. E que saudades do cheiro da minha caligrafia. Palavras acabadas de escrever. E, no entanto, estão quietas há tanto tempo (parece mesmo muito) que libertam um leve aroma a bafio. Saiam daqui, ideias velhas! Deixem-me de vez. Chega de colo. Estão para lá de maduras, quase fora do prazo. E recorrentes, as sacanas.
Eu sei que as estou a expulsar, mas no fundo tenho medo de as perder. E se se esgotam? E se não houver outras novas? Se me secam nas veias, o oxigénio não chega às células. Mais vale parar de respirar.
Eu sei que as estou a expulsar, mas no fundo tenho medo de as perder. E se se esgotam? E se não houver outras novas? Se me secam nas veias, o oxigénio não chega às células. Mais vale parar de respirar.
OS MISTÉRIOS DA VIDA
São muitos, é verdade. E não tenho resposta para nenhum. Mas o que me apoquenta agora é este. Porque é que me privo daquilo que gosto? Do que me faz existir; ser real; verdadeira? É que este rosto de papel é o mais parecido comigo que tenho. Como costumo dizer que os óculos-fundo-de-garrafa são o meu verdadeiro eu. Assim como fechei esse eu na caixa, quererei trancar o resto? Não chega já de fugir?
Ganha juízo; muda de vida. Deixa-te de lérias, mulher!
Ganha juízo; muda de vida. Deixa-te de lérias, mulher!
6 comentários:
Miùda..
Como estàs?
Bem cà estou eu por estas bandas... queria agradecer-te a mensagem e pedir desculpa por nao ter respondido.
Dizer-te que està tudo bem e convidar-te para cà vires!
Dizer que vou ter saudades e prometer que vou sempre voltar ao teu "depòsito" para as matar.
Desejo que nos vejamos em breve...Bale?
Beijo enorme...
"you can run, but you cannot hide" :) Que tal reciclar o teu velho eu? Não é para isso que servem as lições todas? Por ora, fazemos assim... Vais arranjar este CD, senão arranjo-to eu, e vais ouvir com muita atenção! =) Depois pergunto-te o que achaste. E ficas tu a pensar... porquê este CD? :)
Dredg - 'Catch Without Arms' (2005)
kiss kiss*
Isso de escrever em pensamento dá resultado, comigo as vezes até saem coisas interessantes, outras simplesmente apago porque são mesmo intrgáveis lol
Não expulses as ideias velhas, podem dar ideias para novas e ajudá-las mais facilmente x)
Não te prives das coisas que queres, a vida é para ser vivida ao maximo, enjoy it ^^
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Bem... O meu comment é mesmo ao estilo do Confucio, "Não isto... Sim aquilo..." geez --; Desculpa la lol xD
eu tb queria arranjar palavras para um comment, palavras q transmitissem realmt o qt t compreendo, o qt me é familiar esta angústia se sofrer pelo q nem sequer acontece. enfim, relatos de um estoicismo recalcado...
bj, chefe
desculpa la as abreviaturas, mas parti um dedo e so tenho uma mão para escrever!!!demoro imenso tempo... ai, cm eu sofro!!!!
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