sexta-feira, 24 de março de 2006

Sou bué da estóica, disse eu um dia.

- Olá. Tenho muitos nomes, sabes? Hoje chamo-me Lídia. Sou a Lídia. Sou uma pagã triste, de flores no regaço. Triste porque nunca tive coragem de enlaçar a minha mão na tua. Que é como quem diz que nunca te convidei para tomar café. Achei que cedo a libertarias. Que não ias gostar da pressão dos meus dedos nos teus. Que dirias que não. Achei que custava menos ficar a ver a vida a passar. Como um comboio reservado do Metropolitano de Lisboa. Afinal e de facto, não é profissão para mim. E, na verdade, também não é o meu nome do meio. Aliás, digo-te mesmo. Merda para o estoicismo.

3 comentários:

Anónimo disse...

Lindo Sú. Gosto do poema e da analogia que fizeste tão pura e simplesmente. Muito bonito o teu texto...
Beijinho

Xita Primavera disse...

é realmente a mais pura das verdades... concordo ctg merda p o estoicismo!
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Dulce

ARN disse...

tb concordo...enfim...