É neste estranho estado que tudo acontece.
É nesta estranha posição que as coisas vão ao lugar.
É neste ritmo incerto que os pensamentos se alinham.
Funções vitais tão irregulares como o espírito.
Ou como a mente.
Ou como se deva dirigir-se-lhe.
Ao que é vital mas não orgânico.
Dores que se confundem.
Órgãos internos danificados.
Não.
Corrijo.
Órgãos internos defeituosos.
As formas estão trocadas.
O que devia ser redondo é achatado.
Parcialmente achatado.
Uma coisa funciona mais devagar do que devia.
Outra coisa atropela-se a si mesma.
Por dentro, tudo aos tropeções.
Por fora, os relevos alteram-se.
Por dentro, o que é carne, é real mas apenas imaginado.
Por fora, o que é carne, é apenas real.
A pele faz as vezes de cobertor.
Mas não esconde nada.
As unhas e os cabelos fazem doer enquanto crescem.
Estranhamente, é uma metáfora.
Os dias passam e somam-se.
Os corpos vão-se somando.
Subtrai-se a diferença.
Clarifico.
Subtrai-se o que faz diferença.
Conta simples.
Resultado estranho.
Sentem-se os dias a sair dos corpos.
Vêem-se.
E como tudo fica claro assim.
É estranho ser humano.
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