A primeira coisa que fiz ao nascer foi chorar. Nasci aos gritos porque queria respirar. E ninguém me avisou para o que vinha. Ninguém me preveniu sobre o mundo em que nasci. E parecia que o mundo todo estava ali, nos braços quentes da minha mãe e no leite que me alimentava. Depois cresci e comecei a perceber mas fingi que não sabia porque era criança e é suposto as crianças serem inocentes e felizes e eu não queria assustar ninguém. Então cresci mais um pouco e decidi que queria mudar o mundo. Fazer dele um sítio melhor. Tinha o coração cheio de sonhos e a cabeça cheia de ilusões. Até que voltei a crescer e percebi que o mundo não é assim tão fácil de mudar. Fiquei um bocadinho mais egoísta e decidi cuidar de mim.
Mas não sei bem o que acontece depois. Será que os sonhos voltam? Estão apenas adiados? Será que os esquecerei para sempre? Será que os cumprirei? Será que mudam ou no fundo são sempre os mesmos?
Não é verdade que a morte seja o maior mistério de todos. Essa é simples e fácil de compreender. A vida é que é difícil de prever.
*
"I sensed my loss
before I even learned to speak
and all along I knew it was wrong
but I played along with my birthday song."
To Forgive, The Smashing Pumpkins
Mas não sei bem o que acontece depois. Será que os sonhos voltam? Estão apenas adiados? Será que os esquecerei para sempre? Será que os cumprirei? Será que mudam ou no fundo são sempre os mesmos?
Não é verdade que a morte seja o maior mistério de todos. Essa é simples e fácil de compreender. A vida é que é difícil de prever.
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"I sensed my loss
before I even learned to speak
and all along I knew it was wrong
but I played along with my birthday song."
To Forgive, The Smashing Pumpkins