Sinto nos músculos das pernas
um frémito que me lembra a vida
como réplicas eternas
do entrar sempre de fugida.
Sinto nos olhos o frio do vento
e nas mãos a erva húmida
descubro o peito crú ao relento
aguardando o fim da corrida.
Sinto no ventre as presas do meu predador
rasgada como um antílope
não morto mas em estertor
no chão que ainda treme do galope.
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